"E agora?". Inúmeras vezes em nossa vida nos defrontamos com essa pergunta.
Situações das mais variadas origens nos remetem a esse mesmo questionamento.
Mas será que isso é por acaso? Não mesmo.
Afinal, essa dúvida vem de onde? O que ela significa? Chamo isso de checagem de procedimento. Mas essa pergunta pode ser ainda mais reveladora. Ela pode demonstrar medos ocultos.
Outra pergunta reveladora é: "e se?".
O medo é uma das mais antigas e poderosas emoções dos seres vivos. Ele tem sua origem no sistema límbico, na parte "mais antiga" do cérebro, a qual chamamos de cérebro reptiliano.
Para entender melhor, imagine que nosso cérebro é uma tartaruga (cérebro reptiliano, primitivo), que tem um cavalo sobre ela (córtex cerebral - cérebro dos mamíferos). E sobre esse cavalo existe um homem (neocortex - cérebro mais moderno).
Essa evolução fez com que o ser humano saísse das cavernas e dominasse os meios que lhe permitiram habitar todo o planeta, independente das condições climáticas.
O fogo, a roda, a agricultura e assim por diante, foram determinantes para isso. Então, evolutivamente compartilhamos a emoção do medo com inúmeras espécies animais.
Se, para lá do que pensamos ou dizemos, no fundo de nós mesmos valorizamos mais o poder do que o amor, aquilo que preside a tudo o que fazemos é o medo.
Basicamente o medo de falhar, de não corresponder às expectativas dos outros, e de nós próprios sobre o nosso desempenho, de perder, de ficar para trás, de não ser devidamente reconhecido.
O medo é uma grande ferramenta de autopreservação. Na pré-história e ainda hoje.
O que acontece com certa frequência é que essa preservação pode ser interpretada de forma diferente.
Mas, afinal de contas, pra que serve esse pequena aula sobre a evolução do cérebro?
Para que você perceba que não é errado ter medo. Esse sentimento é natural e biológico. Mas durante nossa vida acabamos por desenvolver medos infundados ou mesmo improdutivos.
O medo existe, afinal só o tolo não tem medo. O que faz toda a diferença é o que o medo faz com você.
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